Conheça tudo o que a Quarta Revolução Industrial promete

A Quarta Revolução Industrial já começou e muitas empresas e profissionais ainda nem perceberam. Além de facilitar a rotina das pessoas e aumentar a produtividade nas empresas, esse momento da história deve impactar principalmente a área de biotecnologia.

No entanto, a revolução trará consigo dilemas éticos e morais para serem enfrentados pela sociedade nos âmbitos da genética, desigualdade social, segurança e privacidade.

A humanidade precisa se preparar para enfrentar esses desafios, com o objetivo de não continuar sendo uma mera consumidora de tecnologias. Isso, entretanto, depende de alguns fatores condicionais como a aceleração do processo de digitalização, o aumento nos investimentos em educação e uma consequente melhoria no preparo dos brasileiros para os mercados de trabalho.

Quer saber o que a Quarta Revolução Industrial trará de benefícios para a nossa sociedade? Então, confira este post que preparamos sobre o tema.

Para começar, um pouco de história

Antes de falarmos especificamente desta nova revolução industrial, é importante recapitular rapidamente os fenômenos industriais do passado a fim de traçarmos um paralelo com o presente.

Ocorrida entre os séculos XVIII e XIX, a Primeira Revolução Industrial foi marcada pela invenção das máquinas e foi o período da mecanização da produção.

Já a segunda aconteceu início do século XX e teve grande impacto principalmente no desenvolvimento da indústria automobilística. Henri Ford (fundador da montadora que leva o seu nome) iniciou o processo de produção em massa, que se espalhou para fábricas em todo o mundo.

Durante esse período, também aconteceram a primeira e a segunda guerra mundial. As máquinas passaram a funcionar por meio de energia elétrica e queima de combustíveis petroquímicos.

A Terceira Revolução Industrial, ocorrida no final do século XX, é também conhecida como a era da informática, pois trouxe consigo avanços tecnológicos como computadores, robôs e as telecomunicações informatizadas.

O sistema de trabalho segue o modelo da indústria de automóveis japonesa Toyota, que treina os trabalhadores para serem profissionais multitarefas, capazes de resolver pequenos problemas de produção. Nesse período, iniciou-se o processo de flexibilização do trabalho e de globalização.

Enfim: a Quarta Revolução Industrial – o novo paradigma

Também conhecida como indústria 4.0, a quarta revolução industrial será, provavelmente, marcada pelo surgimento de novos modelos de processos industriais, criados a partir de sistemas ciberfísicos. Esse tipo de sistema traz a internet para o centro das atenções.

O governo alemão, por exemplo, tem investido alto para tornar suas indústrias inteligentes. Conceitualmente, uma fábrica inteligente pode se tornar independente até mesmo das interferências humanas.

Com o uso da tecnologia, os equipamentos robóticos hoje já são capazes de exercer comunicação uns com os outros, controlando assim os processos produtivos físicos na indústria.

A velocidade, o nível de complexidade e o alcance da indústria 4.0 pode configurar uma ruptura se comparada com as revoluções industriais anteriores. Estamos falando de mercados em formação e da abertura de vagas profissionais que até então eram inexistentes, ou seja, um sistema de produção e trabalho muito diferente do formato a que estamos acostumados.

Algumas tecnologias exercem forte influência nesse novo cenário. Confira.

A internet das coisas e a computação em nuvens

A internet das coisas (e é assim mesmo que ela conhecida) já permite, por exemplo, que a torradeira se comunique com a cafeteira a fim de trabalharem juntas no preparo do desjejum. Agora, imagine isso em uma escala global, com os dispositivos eletrônicos se comunicando uns com outros por meio da internet.

Isso é possível também por meio da computação em nuvens, pois os dados ficam armazenados “nas nuvens”, viabilizando o recebimento de notificações em um smartphone no Japão sobre operações robóticas em uma fábrica no Brasil. Assim é praticável até mesmo o controle de processos internos sem necessidade de pisar os pés no local.

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A Robótica

A robótica permite a comunicação ininterrupta entre os processos automatizados garantindo um alto nível de eficiência energética e produtiva.

Assim, os robôs se tornam capazes de monitorar toda a cadeia produtiva, selecionando matérias-primas, cumprindo diversas etapas de fabricação, inspecionando a qualidade final dos produtos e estocando-os adequadamente, entre outras potencialidades.

A Nanotecnologia

A nanotecnologia é a ciência que busca produzir equipamentos minúsculos capazes de manipular átomos e moléculas, aperfeiçoando assim diversos produtos de forma inédita.

Na medicina, espera-se que a tecnologia permita viagens de nanodispositivos por meio da corrente sanguínea, capazes de identificar e tratar células cancerígenas e – acredite – antes que se espalhem pelo organismo. Atualmente existem shampoos com nanopartículas que aderem melhor ao cabelo e medicamentos com nanopolímeros que aumentam a efetividade das substâncias.

A Inteligência artificial

Um exemplo são os sistemas de inteligência artificial desenvolvido pelo Google para auxiliar motoristas. Na realidade, a empresa já conta, hoje, com uma frota de RoboCars (carros autônomos) capazes de percorrer estradas sem necessidade de motoristas humanos.

O Watson, sistema de inteligência virtual da IBM, também é destaque por sua capacidade de se comunicar e entender o que as pessoas falam, podendo ser utilizado no atendimento a clientes e no treinamento de pessoas!

A Impressão 3D

Essa tecnologia de criação tridimensional promete impactar o setor industrial. No ano de 2014, a empresa Local Motors imprimiu em uma peça a parte principal de um veículo, contendo chassi e a carroceria. Depois, outros componentes como pneus, volante e motor foram inseridos.

Este processo molda a matéria por meio de feixes de laser ou de elétrons; tudo controlado por computadores. A tecnologia permite a confecção de peças complexas com mais agilidade, reduzindo o uso de matérias-primas. Pode favorecer muito o crescimento eficiente de empresas.

A Quarta Revolução Industrial e seu impacto no Brasil

Como pode ser percebido, a fusão das tecnologias citadas anteriormente deve mudar drasticamente a forma como os mercados internacionais funcionam.

O Brasil precisa estar preparado, pois a indústria 4.0 proporciona que países como a Alemanha e os Estados Unidos, portadores das novas tecnologias, conquistem alta competitividade em relação às fábricas que utilizam mão de obra barata na Ásia, visto que os processos automatizados também diminuem os custos de produção.

Por conta disso, as empresas brasileiras precisam investir depressa na digitalização e no treinamento de mão de obra especializada.

Outro fator importante é que a nova indústria esteja pronta para oferecer produtos e serviços personalizados a cada cliente, de acordo com as suas demandas. Essa é uma tendência que não pode (e não deve) ser ignorada pelos gestores das cadeias produtivas em nosso país.

Além de tudo isso, também o trabalhador brasileiro deve ficar atento aos rumos do mercado e buscar conhecimentos inovadores, sobretudo nas áreas de TI e de automação mecânica.

E então? Você já conhecia as promessas da Quarta Revolução Industrial? Sua empresa está se preparando para isso? Compartilhe o texto em suas redes sociais e ajude outras pessoas a conhecer melhor esse fenômeno!